Natalie #029

As quatro semanas seguintes foram iguais, segunda, terça e quarta Naty saía por aí procurando bandas de noite. De tarde ia ao bar conversar com Davi e ajudar quando raramente precisava.
Nas quintas ela saía com TheGuysP, ela os levou para conhecer a cidade, levou no atelier do Théo e da Diane para fazer algumas peças exclusivas para o guarda roupa da banda.
 Sexta feira era dia de abrir a noite do microfone livre e apoiar as bandas que ela conseguia durante a semana.
Sábado ela passava o dia com Ben no escritório e no domingo saia com Brooke e as amigas dela.
Naty estava na frente do hotel dos meninos. Ela tinha entradas para o cinema e reservas para o almoço num restaurante da família da Brooke.
- Bom dia Natalie. - Ryan
- Bom dia, onde estão os outros?
- Dormindo, o Will fez a banda ensaiar até tarde ontem.
- Então deixa para semana que vem...
- Podemos ir só nós dois. Não?
- Não prefere voltar e descansar?
- E perder o que você planejou para hoje?
- É só cinema e almoço num restaurante legalzinho.
- Podemos dispensar o cinema e andar pelo parque, patinar quem sabe? E na hora do almoço nós buscamos os outros.
- Tudo bem, vamos ao parque, só preciso passar num lugar antes, então.
Naty e Ryan foram andando até o caixa eletrônico mais próximo e Naty sacou dinheiro suficiente para um passeio no parque.
- Não acha que é muito para levar assim?
- Sabe Ryan, tem um brechó no caminho para o parque e a melhor parte é que eles entregam em casa.
Ryan foi andando ao lado dela e conversando sobre a família dele.
- Sinto saudade dos meus pais, sinto saudade dos colegas da faculdade, das aulas e de tocar no porão.
- Eu sinto saudade da minha avó e da Carly. Apesar de brigar por quase tudo, quando estávamos juntas era sempre muito legal. Ela é divertida e uma oponente a altura no dominó.
- Dominó? A garota esquisita gosta de jogar dominó, cantar e fazer compras no brechó.
- Bom, não sou mais a esquisita das camisas xadrez masculinas.
- Não, não é. É a esquisita do brechó.
- Ainda bem que nunca quis agradar ninguém além de mim.
- Não leva a mal Naty, é só que as vezes você deixa as coisas muito difíceis...
- Do que está falando Ryan?
- Nada. Só que não tem nada de errado em ser esquisita, eu também sou estranho. Sou o cara do time de futsal que se juntou com os nerds da escola para formar uma banda e fazer faculdade de programação.
- São só rótulos. Você é um cara legal, quando quer, é o gatinho vocalista do TheGuysP. Grande jogador de futsal e a julgar pelo site da banda é um programador ótimo. Um bom amigo e um ótimo irmão mais velho, já que vive defendendo Josh e os outros. E você é sincero. Você é tudo isso, mas não pode deixar que nada disso defina seus limites.
- Gatinho?
- Sério? Passei meia hora falando e você só ouviu isso? - Naty parou na frente do brechó e abriu a porta para ele. - Chegamos.
Naty e Ryan passaram duas horas experimentando roupas estranhas e engraçadas. Chápeus e óculos malucos. Naty viu alguns saltos extravagantes e Ryan ficou na parte das camisetas e jaquetas.
Naty comprou muitas coisas incluindo as que Ryan escolheu e um presente para os outros da banda. Uma jaqueta de couro diferente para cada um.
- Agora podemos patinar? - Ryan
- Podemos.